Escolhemos os lugares para viajar e conhecer por diversas razões: para experimentar, para aprender, para sentir outras culturas. Visitando um outro lado da Espanha, passamos por três lugares os quais já tínhamos várias dicas: Bilbao, Bakio, e San Sebastian no país Basco, onde a cultura, culinária, respeito e natureza são privilegiados. Depois fomos para Bordeaux, Saint-Émilion, Amsterdam, Berlin e passamos uma noite em Lisboa, só para ter a certeza de querer voltar.
Caminhando muito, tivemos muita sorte com o clima, pouca chuva, temperatura amena e muitas descobertas boas fora dos roteiros tradicionais.
A organização urbana, a política e a gastronomia exalam pelas esquinas de Bilbao. Ficamos próximos do Mercado da Ribeira, que passou a ser o “point” diário em nossas caminhadas. Você encontra de tudo pelas calçadas de Bilbao, incluindo o Guggenheim. Os bares pipocam e tanto o vinho como os pintxos são irresistíveis. Frutos do mar então, nem se fala.
Guggenheim
Flores, flores e mais flores!
Pet, Guggenheim
Tulips, Guggenheim
Casco Viejo
Casco Viejo
Mercado de La Ribeira, na Puente de San Antón
Ponte móvel Bizkaiko Zubia
Almoço em Portugalete
Traçando umas azeitonas no palito!
Muito próximo de Bilbao fica Bakio, ao invés do bate-e-volta, optamos por aproveitar dois dias para repor as energias caminhando por uma encosta incrível (San Juan de Gaztelugatxe, em outras palavras: Dragonstone, Castelo da Daenerys Targaryen do Game of Thrones) e dormir em uma casa rural em um pequeno vilarejo. A vida no campo é distinta da cidade apesar de muito próxima geograficamente e por não carecer de nada do urbano.
Bakioko begiralekua
Caminhando com agasalhos pendurados, trilha muito linda!
Bakio
Ermita de San Juan de Gaztelugatxe ao fundo
Ermita de San Juan de Gaztelugatxe, cenário de Game of Thrones
Voltando pela mesma trilha, Bakio e depois Meñaka
Cenário rural, perfeito!
Casa rural Bekoabedene
Vista do quarto
Pegamos um ônibus para San Sebastián. O que já é impressionante em Bilbao fica amplificado neste pedaço do litoral, aristocrático, sem deixar de lado as raízes típicas do país Basco. Sente-se estas raízes nas flâmulas penduradas pelas sacadas em todo o lado, pelo ar e nas pessoas. Novamente, caminhar pelo calçadão é a opção, visitando os mirantes do Parque Urgul (Motako gaztelua) e Monte Igueldo (onde tem um parque de diversões inaugurado em 1912) que circundam as praias de La Concha (Kontxa Hondartza) e Ondarreta. Caminhar pela cidade velha é deparar com construções medievais com vários bares e restaurantes muito aconchegantes com os tradicionais pintxos e cafés.
Basilica de Santa Maria del Coro
Fermín Calbetón Kalea, Casco Viejo
Donostia Marina
Kontxa Pasealekua, Terraza Igueldo
Parque de Urgull, Inglesen hilerria
Parque de Urgull, Mirador del Baluarte, Playa La Zurriola ao fundo
Playa de La Concha, vista pelo Parque Urgull
Playa de la Concha, galeria embaixo da Zubieta Kalea
Playa de la Concha
Sobre a transparência da água
E o pôr do sol às 20:37 no Monte Igueldo.
Frutos do mar? Incomparáveis!
Playa de La Concha, vista do Monte Igueldo
E, para fechar, uma montanha russa para depedir de San Sebastian
Falar sobre Bordeaux é quase que chover no molhado. Para nós dois, visitar a capital mundial do vinho era uma obrigação. A cidade é charmosa, mas não chega a ser uma Paris em miniatura, Paris é excepcional, sendo que o diferencial de Bordeaux está no entorno. Aproveitamos os vinhos e queijos para os nossos tradicionais picnics nos parques. Como o objetivo era conhecer pelo menos uma vinícola, decidimos ir até Saint-Émilion, um encanto de cidade medieval que fica a poucos minutos de trem de Bordeaux.
Jardin Public
La Cité du Vin
Place des Quinconces
Place du Parlement
"Lojinha" La Cité du Vin
Saint-Émilion merece um quadro à parte com muitas fotos. Ficamos encantados com o que vimos, comemos um sanduba feito em uma bolangerie com algumas centenas de anos, caminhamos pela cidade toda, não tivemos sorte para entrar nas catacumbas pois estavam fechadas. Visitamos uma das inúmeras vinícolas da região onde a cave foi escavada pelos ancestrais da guia e tivemos uma "aula" sobre o porque dos vinhos de Bordeaux serem tão especiais. E nos deliciamos com "Camembert rôti au miel". Fechamento perfeito para um lado que ainda não conhecíamos da França!
Place de l'Eglise Monolithe
Ruela entre Place de l'Eglise Monolithe e Rue du Clocher
Recomendamos o sanduba feito na hora!
Cloître de la Collégiale
Cloître de la Collégiale
Palais Cardinal
La Petit Fontaine
Vista de Saint-Émilion, da Clocher de l'Eglise Monolithe
Rue de la Cadène
Ruela entre Rue des Girondis e Place du Marché au Bois onde tem o sanduba, à direita!
Entrada da cave
Produção artesanal de 300 barris/ano
Fantástica visita!
Dentro da cave
Pela clarabóia dá para ver a largura das rochas
Produção artesanal de 300 barris/ano
Vista de Saint-Émilion, cercada por vinhedos
Esperando o trem para voltar para Bordeaux...
Saindo de Bordeaux, pegamos um voo para Amsterdam, nossa última parada antes de voltar à Berlin. Foram poucos e intensos dias, a cidade é incrível sendo indispensável conhece-la pelos canais, daí é possível conhecer a história e perceber quase que duas vidas, a terrestre que é simbiótica com a fluvial.
Passeio de barco pelos canais, com uma incrível aula de história das origens da cidade contada pelo Capitão Gert.
Herengratch, várias pontes alinhadas
Pausa para um café em Negen Straatjes
Cebtrum
Oude Kerk
Rijksmuseum
Jardins do Rijksmuseum
Museumplein, buscando inspiração
Vonldepark
Vondelpark
Pegando o trem para Berlin!
Voltar a Berlin depois de alguns anos foi muito bom. Cada vez menos como turista, conseguimos vivenciar algumas experiências bem diferentes. Revisitar alguns pontos, conhecer parques novos, conviver com a rotina da cidade e, principalmente, ter tempo para entender o que aconteceu na história, como o povo superou suas cicatrizes assumindo as tragédias, exibindo suas culpas em museus e reconstruindo sua identidade.
Ainda no trem entre Amsterdam e Berlin, deixando de lado os vôos apertados e cansativos
Primeira noite, jantar em família com a Cora e Luis, restaurante etíope
... que continuou com um almoço muito bom, típico!
Hasenheide Park
Famoso Mauerpark. Os parque em Berlin pipocam por todos os lados, apesar da liberação geral, todos curtem tudo sem atropelar a liberdade de ninguém.
Berlin Wall Memorial. Mesmo saindo do roteiro turístico, as lembranças e cicatrizes estão por todos os lados para que ninguém se esqueça de uma época negra.
Estátua Pátria no Sowjetisches Ehrenmal Treptow, um dos memoriais da guerra construídos pelos soviéticos. Impossível não se emocionar.
É difícil falar da dimensão do memorial, ao fundo, a estátua pátria
Do outro lado, a estátua do soldado russo carregando uma criança e estampando em uma suástica esmagada
Nossa guia, andar por Berlin com uma moradora é outra coisa!
Ainda em Alt-Treptow, cruzando a ponte para Insel der Jugend...
... para tomar uma cerveja e comer um salsichão!
Começa agora uma sequência de fotos de um lugar em Berlin, muito louco. Antiga base de inteligência americana durante a guerra fria na "Colina do Diabo" construída sobre as ruínas de uma escola militar nazista, hoje um misto de local cult com muitos grafites e ruínas da base. Legendas são desnecessárias, eu acho.
Não são muitas fotos. Passamos muito tempo lendo e nos emocionando. O museu recuperou alguns itens de outros campos para reconstruir o ambiente da época. Inúmeros vídeos, fotos, documentos para deixar claro à humanidade as atrocidades cometidas e os responsáveis. Vale muito mais expressar do que exibir fotos que estão fartamente distribuídas na Internet.
Visitamos desta vez os bunkers em Berlim, são 4 tours e escolhemos um por baixo da estação Gesundbrunnen. Não existem palavras para expressar o sentimento que bate em pensar nas pessoas inocentes que sucumbiram em condições sub-humanas na guerra. Esta foto é da Flakturm Humboldthain, onde outro tour mostra por dentro também. Como os interiores foram mantidos/restaurados como na época, fotos são proibidas para que não caiam em redes sociais os símbolos daquela época.
No mesmo pique de conhecer os locais da história, fomos também em Oranienburg, próximo à Berlin para conhecer Gedenkstätte und Museum Sachsenhausen. O campo de concentração construído em 1936 para ser o campo modelo e que depois virou campo "especial" soviético até 1950.
O museu possui também um espaço de exposição de arte permanente.
Vimos muitos jovens, talvez excursões escolares, a história não pode ser ignorada nem minimizada, deve ser exibida com todas as feridas expostas, para que nunca se repita.
O aeroporto tem uma história marcante pois durante a guerra fria, no bloqueio terrestre imposto pela URSS em 1948 a 1949, todos os mantimentos para Berlin foram desembarcados em um mutirão aéreo internacional.
Dá para imaginar um aeroporto inteiro transformado em parque? Não em um shopping center ou em um mega-empreendimento imobiliário. Assim é Tempelhof, mais um parque em Berlin. Muitas áreas preparadas para esportes (e churrascos) diferentes com kite skate, wind skate, por exemplo. Como sempre, tudo livre e sem atropelos das liberdades uns dos outros.
Chegando em Körnerpark para um concerto ao vivo e balada
Cora!
Jazz ao vivo no Zig-Zag, muito bom ouvir Jobim em Berlin!
Finalizando nossa passada por aqui com um ótimo salsichão com cerveja na feira na Neuköln.
Arco da Rua Augusta
Foi só uma parada rápida, só para conhecer e ter certeza que vamos voltar para viajar pelo país inteiro.
Torre de Belém
Praça do Comércio
Emagrecer depois desta viagem será uma outra aventura! Bacalhau!
Elevador de Santa Justa
Monumento aos descobrimentos
Monastério dos Jerónimos
Monastério dos Jerónimos
Mercado da Ribeira
Pastéis de Belém feitos na hora...